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terça-feira, 14 de julho de 2009

Desigualdades Pessoais

Agora há pouco, quando entrava na Sala da OAB na sede dos Juizados Cíveis daqui de Itabuna, me perguntaram se eu jogava futebol. Senti que a idéia era me convidar para algum time no baba dos advogados. "Não,", brinquei, "futebol faz mal à saúde".

Abdiquei do futebol desde 1992, quando do meu desempenho pífio no campeonato promovido pela escolinha de futebol do Colégio Antônio Vieira. Eu não conseguia dominar a bola, não conseguia fazer um passe, não conseguia chutar sem bicuda, e não tinha muita visão de jogo. Resolvi largar mão dos esportes e fui estudar um pouquinho.

Agora, e se eu achasse as regras do jogo injustas por que não me permitiam desenvolver? Se eu alegasse que as regras do jogo beneficiam somente os jogadores com mais habilidade com os pés em detrimento dos que têm menos? E mais, se as regras do jogo fossem historicamente construídas para barrar o acesso dos maus jogadores, sei lá, à 1ª divisão? Mudar essas regras não seria uma forma de justiça social, já que nem todos os que querem jogar futebol têm a habilidade exigida pela "ideologia dominante" do esporte?

Pois então. Thomas Sowell traz uma excelente reflexão sobre esta forma de raciocínio de justiça política, que se aplica numa analogia absurda ao esporte, mas que é aplicada de fato no sistema de cotas e nas "ações afirmativas" em geral.

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