Contos

domingo, 9 de agosto de 2009

O MPF contra a Cruz

O MPF paulista iniciou uma cruzada Ação Civil Pública contra a presença de "símbolos religiosos" nas repartições públicas federais. "Símbolos Religiosos", na verdade, é um eufemismo para o crucifixo presente em várias repartições.

O fundamento da ação seria a laicidade do Estado, pois
Pois bem, senhores procuradores. Como cristão, passo a sentir-me ofendido com a ostentação pública de um símbolo religioso de origem pagã na frente do prédio da Suprema Corte Brasileira. Vejam abaixo:

Estátua de Dike Thêmis, a Deusa Grega da Justiça, na porta do STF.

A Estátua da Deusa Dike Thêmis é um símbolo religioso, tanto quanto a Cruz. Não, sua função simbólica não importa: a Cruz também tem uma função simbólica importante, uma vez que nos lembra sempre as conseqüências de um julgamento injusto e da omissão do homem público.

O fato de o número de praticantes do politeísmo grego ser insignificante em nada ajuda a estátua: Afinal, se o símbolo ancestral mais compartilhado pelos habitantes da República do Brasil deve rodar, quem iria se opor a um símbolo abertamente ultrapassado?

Inicio aqui, do alto da minha insignificância, uma campanha. Uma campanha pela laicidade absoluta do Estado Brasileiro, que deve começar pela derrubada da imagem da deusa pagã da justiça da porta do STF! Cliquem aqui e denunciem ao MPF/SP essa absurda ofensa às crenças daqueles que não creem no paganismo grego....


Um comentário:

Leandro Matos disse...

Isso é uma perseguição a manifestação da maioria. Aqueles que estão nas repartições públicas são, em sua maioria, provavelmente, católicos.
Agora, esse tipo de inversão vale sempre: imagine que por aí não tenha uma ou outra repartição com símbolos que fazem referência a religiões africanas.
Uma ação desse tipo proclamaria todas as Ongs da petrobras para fazeram uma zuada terrível.